terça-feira, 6 de março de 2018

RPG: eternizando a contação de histórias

Desde tempos remotos, imemoriais, uma das características fundamentais da interação do homem é a contação de histórias. É por meio delas que projetamos anseios, inspirações, nos motivamos e escapamos, necessariamente, das nossas realidades.

Durante a década de 70, esse hábito foi transformado e aprimorado, colocando os contadores de histórias no interior delas, tornando-os, também, jogadores: nascia, assim, o RPG (Role-Playing Game, jogo de interpretação). Um jeito diferente e instigante de criar, contar e, ainda, viver histórias.

O RPG substituiu a fogueira e agora, os homens, sentam-se à volta de mesas, rabiscando papéis, rolando dados e construindo, cooperativamente, uma narrativa previamente iniciada por um deles (o mestre).

Assim, para além do aspecto lúdico, fundamental em qualquer jogo, o RPG possibilitou o PROTAGONISMO de todos, já que TODOS, JUNTOS, constroem e contam, simultaneamente, a história. E, a partir disso, todos ganham ou perdem, já que a história foi construída e contada, independente de seu desfecho.

E apesar dos inúmeros tipos de jogos de RPG que foram surgindo, bem como apesar dos inúmeros cenários também surgidos, sem esquecer, claro, os incontáveis sistemas de regras criados nestes mais de 50 anos de existência do hobby, uma coisa não mudou e nunca mudará: o contar e criar histórias, coletivamente. E é este, no fim, o principal objetivo de um jogo de RPG.

P. S.: Texto escrito inicialmente para o blog Amálgama RPG.

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