Expondo gangrenadas feridas
Habitadas pelo Verme, que cresce
E as consome, em famintas mordidas.
Pus e sangue coagulado represam as veias
Enquanto um coração pútrido bate, em desespero.
O Verme, insensível, prossegue em sua mórbida ceia
Tendo, nesta podridão, sádico esmero.
Grandes nacos de carne podre abocanha
E devora-os sem compaixão.
À geração futura - esta ganha -
Os restos que caem pelo chão.
Verme gerando Verme a partir da podridão
Ao longo da insana história do mundo.
Que com estertores se debate, agoniza, em vão,
Morrendo num abismo sujo, escuro e fundo.
Parabéns! Isso sim é poesia.
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