Da areia
olhávamos o mar
e a hipnótica formação
das incessantes ondas
sob a eterna noite -
que soprava um hálito
suave e úmido
em nossos rostos.
Agora navegávamos.
Em nós mesmos.
Envolvidos pela sinfonia
interminável
do marulhento deus-Mar.
(ela abrigada em si mesma
e eu encerrado em mim
e cada vez mais longe e profundo
navegávamos em nós)
Tempestades... e colossais ondas
arremetiam contra a f-r-a-g-i-l-i-d-a-d-e dos barcos
Vent
os furio... sos
os
açoit... avam
Re
lâm
pa
gos
e
TRO... VÕES! castigavam-nos...
O mundo parecia não nos querer
E então naufragamos
no bravio mar-Interior -
profundo e violento de medo.
A força das ondas nos atirou
de volta à Praia.
Éramos embarcações salva-vidas um do outro:
Nossos olhos: faróis
Nossos abraços: âncoras
E nossos beijos: AR.
E dentro daquela noite
sobre a areia beijada pelas águas
nasceu um sol
à beira-mar.
Para. Sem palavras!! Lindo e elegante poema. Até parece que estava passando por um momento de sofrência para ta tão inspirado.
ResponderExcluirLindo poema! Concordo plenamente com o meu amigo Ozeas. Belas palavras... Lendo me trouxe boas lembranças!
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