quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Solidão

É noite. Espero meu raio de sol penetrar pela porta cerrada que me protege do mundo. Protege, mas também me aprisiona comigo mesmo. E uma porção de pensamentos que rodopiam furiosos dentro de mim.

É trevas. E não há flores. Apenas ruídos de um rádio qualquer, que toca uma música qualquer, e em ritmo igualmente qualquer. De qualquer forma não presto muita atenção mesmo...

Penso besteiras e um nevoeiro embaça meu pensar. É espesso, vai cobrindo tudo. Perdido nessa bruma que é a solidão, espero. Espero meu sol voltar e dissipá-la, salvando-me de mim mesmo. Porque sei que não importa a densidade e a frieza de qual seja o nevoeiro, o raio solar sempre irá destruí-lo e aquecer novamente o mundo.

E as flores crescerão de sorrisos e olhos brilhantes, e a noite aqui dentro de mim será dia de novo.

                        (setembro de 2013)